Exames de colesterol: o que há de mais moderno para cuidar do coração
- Dr Gabriel Amaral

- 1 de set.
- 2 min de leitura
Atualizado: 26 de out.

O colesterol vai muito além de números no exame de sangue. Hoje já sabemos que existem partículas e proteínas que ajudam a prever com mais precisão o risco de infarto e AVC. Vamos entender quais são os exames mais modernos nessa área e por que acompanhar esses marcadores é fundamental para proteger o coração e cuidar melhor da saúde.
Por que é importante conhecer bem seu perfil lipídico?
Você provavelmente já fez aquele exame comum chamado perfil lipídico — que avalia substâncias como colesterol total, LDL (o “colesterol ruim”), HDL (o “colesterol bom”) e triglicerídeos. Esse exame é essencial para entendermos como anda a saúde do seu coração e quais são os riscos que estamos enfrentando.
Mas, para prevenir de verdade — especialmente doenças como infarto e derrame — hoje existem exames ainda mais completos e refinados, que complementam essa avaliação básica. Veja por que vale a pena conhecê-los:
O que mudou nos exames de colesterol?
1. ApoB – apolipoproteína B
O que é? É uma proteína que “acompanha” todas aquelas partículas que podem entupir suas artérias (LDL, VLDL, etc.)
Por que faz diferença? Estudos mostram que ter ApoB elevado pode indicar maior risco de doenças cardíacas mesmo quando o LDL está dentro do esperado
Vantagem prática: Não precisa jejum antes de fazer o exame — uma comodidade que facilita muito.
2. Lipoproteína(a) — Lp(a)
O que é? Uma variação genética de colesterol que muita gente carrega “escondida” — não muda com dieta ou remédio.
Novidade importante: Hoje se recomenda avaliar a Lp(a) pelo menos uma vez na vida, especialmente se há histórico familiar de doenças do coração precoces.
Se estiver alta, reforça a necessidade de cuidados, mesmo que o colesterol “tradicional” esteja bem.
3. Outros exames avançados
São disponíveis painéis mais completos, que medem:
Número de partículas de LDL (LDL‑P) e até o tamanho delas.
Colesterol “não-HDL” (tudo que é ruim, de verdade).
Outros marcadores inflamatórios como a PCR ultra-sensível.
Podem ajudar a entender melhor o risco cardiovascular, especialmente em pessoas com diabetes, obesidade ou histórico familiar intenso.
E tudo isso serve pra quê?
Diagnosticar melhor o risco real. Às vezes o exame tradicional parece bom, mas há “sinais escondidos” que pressionam o coração e merecem
atenção.
Personalizar seu tratamento com mais precisão. Com esses dados extras, podemos escolher melhor os medicamentos, ajustar doses e acompanhar resultados com mais confiança.
Seu cuidado não é “padrão”. Trata-se de uma abordagem moderna e completa, que vai além do básico para assegurar segurança real à sua saúde cardiovascular.








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