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COVID LONGA E O CORAÇÃO: COMO A COVID LONGA AFETA A SUA SAÚDE CARDIOVASCULAR

Atualizado: 17 de mar. de 2023

Com a redução do número de casos graves de infecção por Covid 19, um problema ganha maior notoriedade: a Síndrome da Covid longa.





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Como a pandemia mudou a saúde cardiovascular das pessoas?


No dia 11 de março de 2023 fez 03 anos que a OMS declarou que a Covid 19 era uma pandemia e iniciou todas aquelas medidas restritivas que bem lembramos. Foi um período difícil para todos nós. Vivemos um período de medo, angústia, confinados dentro de nossas casas com medo de nossos amigos e familiares. Medo de contrair uma doença que, até então, pouco se conhecia e medo de transmitir para alguém caso estivéssemos assintomáticos.

Naquele período vivemos uma guerra contra o Covid 19. Perdemos muitas pessoas queridas e clamávamos por alguma solução. Nesse contexto, houve proibição de funcionamento de academias, parques e até mesmo de realização de atividades físicas ao ar livre.

Isso fez com que pessoas que antes seguiam ritmos de vida saudáveis passassem a perder toda essa rotina.

As ‘lives’ artistas eram um refúgio contra a ociosidade e a depressão que pairava sobre diversas mentes cansadas e até mesmo doentes. O álcool, salgados e doces predominaram na alimentação e o sedentarismo era feito sem outra escolha: fique em casa, era a ordem da vez.

As pessoas passaram a ficar mais sentadas em frente a uma televisão que a todo instante noticiava um número crescente de mortos. Qual seria o número de mortos amanhã?

Esse contexto, aliado ao próprio vírus do covid 19, fez aumentar o número de pessoas com doenças cardiovasculares. Muitas tiveram infarto, AVC e outras desenvolveram hipertensão, obesidade, elevação de colesterol e depressão.


Covid 19: onde estamos hoje?


Hoje, três anos após o início da pandemia, estamos com um melhor controle dos casos e uma menor mortalidade do vírus, graças às vacinas e a todos os sacrifícios que fizemos tempos atrás para conter o avanço das contaminações. Mas, como em toda guerra, após contarmos os mortos temos que voltar nossas atenções para os feridos.

A Covid longa surge como uma síndrome clínica debilitante que tem afetado milhares de pessoas.

Ainda pouco se sabe sobre ela, mas tem-se uma definição de que é a persistência ou surgimento de sintomas após a fase aguda da infecção por Covid. Sendo assim, após um período de dois meses do covid surgem sintomas como falta de ar, dor ou aperto no peito, fadiga muscular, falta de memória e concentração, ansiedade ou depressão, tosse, palpitações com sensação de arritmias e a elevação da pressão arterial.

Pesquisas mostram que os sintomas podem ser decorrentes de seqüelas deixadas pela ação do vírus nos diferentes órgãos do nosso corpo. Falando especificamente do coração, o problema é que a inflamação acaba gerando injúria nas estruturas cardíacas, levando, assim, a miocardite.

Quando esta condição não culmina em morte da pessoa, seu processo de cura pode levar a uma cicatrização e formação de tecido fibrótico em áreas do coração. Este tecido passa a não funcionar como antes e o coração perde função e fica predisposto a desenvolver insuficiência cardíaca, infarto, arritmias e, até mesmo, morte súbita.

Isso já ocorre em outras doenças virais graves, mas com o Covid 19 até os casos mais leves podem deixar seqüelas cardíacas que levam a riscos para a saúde.


Síndrome pós covid e prática de exercícios físicos


O que temos de evidência nos dias atuais é que para voltarmos a nossas atividades após um quadro de Covid 19, inclusive as atividades físicas, é que se faça antes uma avaliação médica. Sintomas como falta de ar, dor no peito, palpitações, fadiga muscular e intolerância aos esforços devem ser investigadas em uma consulta com o cardiologista. Hoje dispomos de diversos exames que podem identificar algum dano cardíaco e evitar piores desfechos.



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